O foco agora será aprimorar a privacidade e explorar inovações para alinhar a moeda ao mercado e à sociedade. “O Drex pode tornar o sistema financeiro mais acessível e seguro, mas é essencial que sua proposta seja amplamente compreendida”, destaca Sthefano Cruvinel, CEO da EvidJuri.
O Drex é a moeda digital do Banco Central do Brasil. Seu nome foi escolhido a partir das iniciais de palavras-chave:
- D para Digital
- R de Real
- E de Eletrônico
- X, representando conexão, como no Pix.
Vantagens do Drex
O Drex promete trazer diversos benefícios para o sistema financeiro, como:Recolhimento automático de impostos:- O Imposto sobre Valor Agregado (IVA), previsto na Reforma Tributária, poderá ser cobrado automaticamente em transações digitais.
- Redução de custos operacionais: Segundo um estudo da Swiss Capital, a adoção do Drex pode diminuir em até 40% os custos bancários ao eliminar intermediários e adotar contratos inteligentes.
- Maior segurança e eficiência: A tecnologia blockchain permitirá transações mais rápidas, seguras e auditáveis.
O Drex é uma criptomoeda?
Apesar de utilizar a tecnologia blockchain, o Drex não é uma criptomoeda como Bitcoin ou Ethereum. A principal diferença está na sua centralização: enquanto criptomoedas são descentralizadas e podem ser criadas por qualquer pessoa via mineração, o Drex será totalmente controlado pelo Banco Central.
Isso o classifica como uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês), um conceito adotado por diversos países que buscam modernizar seus sistemas financeiros.
Diferença entre Drex e Pix
Embora ambos sejam soluções digitais do Banco Central, há diferenças importantes entre Drex e Pix:
“O Drex não substituirá o Pix, mas será mais uma ferramenta para transações financeiras, especialmente para movimentações de alto valor”, explica Yvon Gaillard, CEO da fintech Dootax.
Quando o Drex entra em circulação?
Desde março de 2023, o Banco Central conduz a fase de testes do Piloto Drex, com participação de empresas selecionadas. O objetivo é identificar desafios técnicos e aprimorar a moeda digital antes de sua implementação definitiva.
A expectativa é que a circulação do Drex ocorra de forma gradual nos próximos anos, com regulamentações específicas para garantir segurança e eficácia.
“Esperamos um crescimento exponencial no uso do Drex a partir de 2025, com projeções indicando que até 30% das transações digitais no Brasil possam envolver a moeda digital”, afirma Alex Andrade, CEO da Swiss Capital.
O Drex substituirá o dinheiro físico?
Não. O Banco Central já esclareceu que o Drex será um complemento ao real físico, e não uma substituição. “A versão inicial do Real Digital será uma opção adicional ao uso de cédulas, mas seu impacto sobre a demanda por papel-moeda não deve ser relevante”, informou a Secretaria de Comunicação (Secom).
Além disso, o Drex seguirá as mesmas regras de privacidade do dinheiro físico, estando sujeito à Lei do Sigilo Bancário e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
O futuro do Drex no Brasil
O Drex representa um avanço na digitalização do sistema financeiro brasileiro. Apesar dos desafios, sua implementação promete trazer mais eficiência, segurança e inclusão para os usuários.
Com a continuidade dos testes e o aprimoramento da tecnologia, o Banco Central espera consolidar o Real Digital como uma ferramenta essencial para o futuro das transações financeiras no Brasil.
Conclusão
O Banco Central concluiu a primeira fase de testes do Drex, a moeda digital brasileira, e disposições que impedem sua adoção imediata. Assim, o Real Digital seguirá para uma nova fase de testes antes do lançamento oficial.
O foco agora será aprimorar a privacidade e explorar inovações para alinhar a moeda ao mercado e à sociedade. “O Drex pode tornar o sistema financeiro mais acessível e seguro, mas é essencial que sua proposta seja amplamente abrangente”, destaca Sthefano Cruvinel, CEO da EvidJuri.